quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Homem do INPE I





O Homem do INPE I


Manhã de domingo, forte calor na Ema – Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, em Teresina de Goiás.
Estávamos meu irmão José Carlos, farmacêutico-bioquímico, sua mulher Marlene, enfermeira em um grande hospital de Belo Horizonte e eu, na casa de Dona Leó.
A conversa andava animada. As mulheres falavam de partos – D. Leó, em  sua experiência como parteira e Marlene, como enfermeira profissional.
Meu irmão Zé e eu apenas ouvíamos atentamente.

Foi quando chegou um carro, com dois homens e Ester, vereadora e representante da comunidade e sobrinha da D. Leó.

Um dos homens disse: “ Bom dia Tia Leó, eu sou José Antonio, do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais !” ...... e ela respondeu : “ Bom dia, mas num sô sua tia, sô tia de Ester !  E aquele ali é meu fio", apontando para mim. 
"O sinhô é di quê, mermo?“ - perguntou impaciente.
O homem continuou, tirou uma foto de uma adolescente e disse : “ Sou do INPE, Dona Leó. Esta é minha filha. Ela não consegue passar de ano. Ela já repetiu a 8ª série  três vezes.  O que a senhora pode fazer por ela ?”

Dona Leó pensou um pouco e respondeu : “ Marmoço !!!! Nem prefessora eu sô, nem leitura eu tenho ! Como esta veia pode ajudá esta minina ? Ela tem é qui estudá !!!!!”



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