O
Homem do INPE I
Manhã de
domingo, forte calor na Ema – Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, em Teresina de Goiás.
Estávamos meu
irmão José Carlos, farmacêutico-bioquímico, sua mulher Marlene, enfermeira em
um grande hospital de Belo Horizonte e eu, na casa de Dona Leó.
A conversa
andava animada. As mulheres falavam de partos – D. Leó, em sua experiência como parteira e Marlene, como
enfermeira profissional.
Meu irmão Zé e
eu apenas ouvíamos atentamente.
Foi quando
chegou um carro, com dois homens e Ester, vereadora e representante da
comunidade e sobrinha da D. Leó.
Um dos homens
disse: “ Bom dia Tia Leó, eu sou José Antonio, do INPE – Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais !” ...... e ela respondeu : “ Bom dia, mas num sô sua tia, sô tia de Ester ! E aquele ali é meu fio", apontando para mim.
"O sinhô é di quê, mermo?“ - perguntou impaciente.
O homem
continuou, tirou uma foto de uma adolescente e disse : “ Sou do INPE, Dona Leó.
Esta é minha filha. Ela não consegue passar de ano. Ela já repetiu a 8ª
série três vezes. O que a senhora pode fazer por ela ?”
Dona Leó
pensou um pouco e respondeu : “ Marmoço
!!!! Nem prefessora eu sô, nem leitura eu tenho ! Como esta veia pode ajudá
esta minina ? Ela tem é qui estudá !!!!!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário