segunda-feira, 23 de março de 2015

As dificulidades

As dificulidades

No início do meu trabalho no Sítio Kalunga, eu tinha uma imensa vontade de conhecer o Vão de Almas. Nome místico, descrições maravilhosas, lugar quase inacessível. Conhecer o vão é privilégio de poucos. Exclusividade é a melhor palavra para descrever a sensação de estar lá. 
Estávamos nós na casa de Ester Fernandes de Castro , na Fazenda Ema, conversando com alguns membros da comunidade, quando o Marcelo Sáfadi, meu companheiro, perguntou:
- “ Ô  “Seu” Augusto, como é o Vão de Almas ? Como chegar lá ? O senhor pode nos levar lá um dia?” 
Augustão, como era conhecido na comunidade, respondeu:
-“Ocêis qué í lá nas dificulidade ? Tá bão, eu vô levá ocêis lá no Vão de Alma”
 Algumas semanas depois, partimos num grupo de cinco visitantes numa viagem no lombo de mula, transpondo a Serra da Boa Vista ou do Kalunga na estrada cavaleira até o Vão de Almas. Foi a primeira de uma série.

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